segunda-feira, 22 de abril de 2013

Capítulo 13 Todo mundo odeia a Sam.


“- Ela é diferente das outras, é legal.”

–Não, mãe, eu te amo... NÃO FAZ ISSO COMIGO! NÃO! – Eu gritava, esgoelava, esperneava, me debatia...
–ANDA, VESTE ESSE UNIFORME SE NÃO QUISER USAR AQUELES AVENTAIS DE HOSPITAL DEPOIS DE FICAR EM COMA ETERNO! – Ela jogou um amontoado de roupas na minha cara enquanto eu corria pelo meu quarto.
Depois de um tempo ela veio me acordar, e quando eu disse que não iria à escola, ela estalou os olhos, deu um chilique ainda com os olhos estalados digno de filme de terror, e puxou meus cabelos até que eu caísse da cama. Às vezes a maluca da minha mãe é bem “normal” e isso é muito mais estranho do que quando ela está sendo anormal.
–VOCÊ ACHA QUE É LEGAL QUANDO A DIRETORA ME LIGA QUASE TODOS OS DIAS DA SEMANA, HEIN, EMILY EVANS? – Coé? Deve ser ainda mais legal escutar a voz daquela “fada” pelo telefone. – VOCÊ VAI COLOCAR ESSE UNIFORME E VAI SER AGORA!
Parei de correr, olhei para um lado e para o outro, funguei, olhei pra minha mãe e sorri falsamente.
–Tudo bem, mãezinha, eu coloco o uniforme. – Colocar o uniforme não significa que eu vá para a escola. Rá! Eu sou demais.
–E nem adianta tentar me enganar. Eu vou telefonar pra escola pra saber se você foi mesmo pra lá! – Falou brava, e quando achei que ela iria pegar minha guitarra e tacar na minha testa ela sorriu toda feliz. – Estou saindo. – Cantarolou como sempre fazia, e saiu da minha caverna, quer dizer... Quarto.
Lembra quando eu disse que eu era demais? Então... Vai me dizer que você acreditou, esperto?
_X_
Tudo bem, estou fodida, mas eu descobri uma coisa muito legal, se quer saber. Não quer saber? E daí? Eu vou contar de qualquer forma. Que rufem os tambores. Eu descobri que tem um ônibus amarelo escrito “Escolar” que sai da rua da minha casa e para em frente à escola, pelo que o motorista drogado me disse. E como é que eu descobri isso? Bom, é impressionante o que se pode fazer quando não se está atrasada. Pacas saltitaor exemplo: Eu até tive tempo de pensar no que eu iria fazer pra sobreviver, já que hoje tem treino das “macntes”. E eu decidi que já que não tenho um dos pés do meu tênis da sorte... Eu iria com um só. Olha que legal! Estou eu aqui, sentada no ônibus, com um dos pés calçados com o meu all star da sorte e o outro com o sapatinho da escola.
Mas nem tudo são rosas. Vou dar mais um exemplo: Eu também descobri que o ônibus nos leva até a escola, mas não trás de volta porque ainda estão tentando achar um motorista pra fazer esse árduo trabalho, já que o expediente desse motorista drogado e que estava dormindo sobre o volante quando cheguei acaba antes das aulas acabarem. Mas tudo bem, eu já estava acostumada mesmo... Ok, é mentira!
E se você não acha esse um exemplo suficiente de que a vida realmente não é uma rosa e está mais pro cabo cheio de espinhos dela, aqui vai mais um: A vida pode ferrar com tudo quando coloca certos gêmeos no mesmo lugar que você. Eu só estava aqui, sentada no ônibus e observando a paisagem – que incluía uma criança quase tendo um braço arrancado pela sua mãe do outro lado da rua – quando os Schultz entraram.
Estou bem no fundão, então posso ver nitidamente Harry “desfilando” pelo ônibus todo. E logo atrás dele está... Ai, meu Deus! EU NÃO CONSIGO RESPIRAR, EU NÃO CONSIGO RESPIRAR, EU NÃO- tá, estou respirando.
Niall parou e se sentou ao lado de alguém que eu não consigo ver. Não, não, não! Acho que ele nem me viu! Por que, vida cruel?
Harry continuou todo sorridente até se sentar ao meu lado.
–Adorei os sapatos. – Ele falou, todo sarcástico. Nem olhei para ele.
–Obrigada. – Falei, toda triste. Ah, cara, o que está acontecendo? Daqui a pouco estou até chorando. – Sabe, a vida é muito irônica. – Me virei para ele. Momento desabafo, oi.
–Mas... Hein? – Ele arqueou uma sobrancelha, todo confuso. O que eu estou fazendo?!
–Ah, esquece, garoto! Eu nem estava falando com você. – Fingi uma irritação. Harry olhou para mim e... Espera. Harry só ficou quieto e ajeitou os cachos caídos no olho dele? Isso não estava no script.
O ônibus partiu, finalmente. Estou com medo desse motorista, se bem que eu corria mais risco de morrer quando ia a pé do que com esse drogado dirigindo.
A vida é mesma muito irônica. Logo eu que nunca acreditei em amor fui me apaixonar logo à primeira vista? Caramba! Dá pra ter mais prova do que isso de que a vida é uma merda?! Ok, respira, calma.
Fiquei a viagem inteira olhando para o que conseguia ver do Niall e me esqueci do mundo. Mundo? O que é isso? É de comer?
Enfim o ônibus parou num solavanco que me fez voar lá no pára-brisa. Ok. Nem tanto. Me apressei em sair, mas aqueles jumentos demoram séculos para descer. Fiquei em pé, esperando.
–Pode deixar que eu vou falar pro Niall tomar bastante água, viu? Porque depois do tanto que você o secou, ele deve estar bem desidratado. – Aquele filhote de “cruz credo” chamado Harry falou no meu ouvido.
–Cof, cof. – Tosse falsa seguida de cotovelada no estômago. Dei meu golpe preferido nele.
Olhei para trás e o “pobre” – reparem na ironia – não conseguia nem respirar. Depois disso saí e deixei ele lá. Desci com classe do ônibus. Sim, com muita classe: tropecei em não sei o quê, voei e soquei minha testa naquela plaquinha que indica onde o ônibus devia parar. Poxa, não dá pra parar num lugarzinho melhor não?
–Au! – Passei a mão pela minha testa. Olhei para frente e quem estava olhando para mim? Sim, acertou quem respondeu Oprah. Não, diacho, era o Niall! A essas alturas o Harry já tinha se recuperado e passado por mim.
–Oi, Emily. – Niall disse, todo sorridente. Estado de transe, aqui vou eu... Espera! QUE MERDA É ESSA?! Eu estou muito diferente hoje. CHEGA! Aposto como é tudo enganação da minha mente; é apenas encanto, eu não estou apaixonada coisa nenhuma!
Fiz uma cara de indiferença enquanto Harry parava ao lado de Niall e os dois me observavam.
Passei por eles sem nem ao menos responder ao Niall e marchei rumo à sala.
–Vocês está bem? – Niall perguntou, tentando me alcançar. Eles estão me seguindo? Acho que não, vai ver a sala deles também seja a minha!
Parei e olhei para trás, vendo um sorrisinho de “Eu sei o que você fez no verão passado” do Harry.
–Eu vou pra sala, ok, Niall? – Harry anunciou, entrando no corredor próximo a ele ainda com aquele sorrisinho sacana direcionado a mim e desaparecendo das nossas vistas.
–Você está bem? – Niall voltou a repetir. Arregalei os olhos, só agora percebendo que nós estávamos sozinhos - apesar de ter milhões de alunos passando por nós.
–Aham. – Minha voz nem saiu tremida. Eu sou fera!
–Então... Você pensou em um novo plano? – Perguntou, voltando a andar.
–Plano? – Pus-me a caminhar ao seu lado.
–É, ou não quer mais seu tênis de volta? – Ele arqueou uma sobrancelha, enquanto subíamos as escadas.
–Ah, é, meu tênis. Claro que quero! – “Mas eu não pensei em um plano, porque eu estava pensando em você a noite inteira. Acredita nisso?”, completei em pensamento. Só espero que ele não possa lê-los. – E eu tenho um plano perfeito: Sequestramos o Harry e o torturamos até ele confessar onde meu tênis está. Você não contou nada pra ele sobre isso, certo?
Niall sorriu, mas logo parou, suspirando.
–Não, eu não contei. E... Olha, se até eu não sei o que ele fez com o seu tênis, é melhor desistir. Talvez algum dia ele devolva.
–O quê? Você esta do lado dele, traidor? – Por mais que eu quisesse falar isso toda séria e parecer uma assassina, eu não consegui parar de rir feito uma bocó alegre para ele.
–Não. É só que... Quando chegar a hora ele vai te devolver... – Niall e eu paramos em frente à porta da sala. - ... Ou não. – Ele completou a última parte sinistramente, entrando na sala e me deixando com uma cara de bocó maior ainda. Como assim? Mãe de quem?
Será que o Niall desistiu de me ajudar? Tudo bem, mas eu não vou desistir de recuperar o meu tênis! Não mesmo! NÃO MESMO! Hum, e tenho dito!
_X_
O sinal que indicava o intervalo bateu estridente, fazendo até os piolhos da minha cabeça pularem. Todo mundo saiu da sala correndo feito “maníacos do parque”; como se alguém estivesse distribuindo comida grátis... Espera, eles estavam fazendo isso, mesmo que a comida fosse horrível, diga-se de passagem. Então está explicado.
A aula toda eu tinha ficado encolhida na minha carteira e só olhava para frente, embora quisesse muito – acredite, muito mesmo – olhar para trás. Decidi que tinha que ignorar o Niall pra perceber que era tudo enganação da minha mente.
Lógico que Liam e Louis estranharam eu estar quieta, mas como são bons amigos preferiram me deixar na minha...
CLARO QUE NÃO!
Eles me atazanaram em todas as aulas, me perguntando por que eu estava daquela maneira, de um em um segundo. E o pior é que nem adiantava dizer que eu estava de TPM, já que eu vivo em TPM constante, pois odeio o mundo inteiro e tudo que há nele. Mas com muito custo apenas permaneci quieta. Liam até murmurou algo como “Só deve estar nervosa pelo treino das líderes de torcida”.
Enfim saímos da sala.
Louis, Harry e Niall foram na frente pelo corredor rumo ao refeitório, conversando animadamente. Quem acertar o que eu fazia enquanto isso ganha um dólar! Claro que eu observava o Niall, e fazia isso até o Liam me chamar de volta à Terra.
–Emily, tem alguma coisa que você queira me contar? – Perguntou dando ênfase em “alguma coisa”, enquanto mordia um pedaço da barra do seu chocolate. – Tem alguma coisa acontecendo? – Insinuou sacana, mexendo as sobrancelhas sugestivamente.
–Sim, há muitas coisas acontecendo agora, como pessoas morrendo na China a cada palavra minha, mas não é nada do tipo que eu queira contar. – Desconversei. Tá pensando o quê? Eu sou esperta, meu fio.
–Eu soube desde da primeira vez que vi você olhando pra “eles” que tinha alguma coisa “mudando” em você. – Referiu-se aos britânicos.
–É claro que tinha alguma coisa mudando, era o meu estômago embrulhando de desprezo e minha raiva pela sociedade escrota nesse mundo aumentando. Passar bem, Liam. – Aumentei o ritmo dos meus passos, deixando um Liam sorridente para trás.
Comecei a caminhar ao lado de Louis, mas sem prestar muita atenção no que eles falavam. Assim que chegamos ao refeitório fomos pegar nossas bandejas. Eu até tentei usurpar mais de um hambúrguer, mas a velha da cantina anda muito esperta e com um movimento de ninja bateu na minha mão, me fazendo largar o solitário hambúrguer ali.
Fomos pra nossa mesa: a mesa dos perdedores. Que orgulho!
Já que estavam todos em suas posições comecei a comer sem perder tempo. O ruim é que eu nem sei o que estava comendo ou fazendo; meus pensamentos estavam tão longe que podiam alcançar até... Ora, até o outro lado da mesa, onde se encontrava o Niall, é claro.
Até que... Até que... Até que eu senti as placas tectônicas se movendo em baixo dos meus pés. Sim, meu Deus! Isso não é possível. NÃO É! ISSO É UM SONHO! UM SONHO! UM PESADELO EM FORMA DE SONHO!
NÃO, NÃO, NÃO... MIL VEZES NÃO!
Sam, uma morena dos cabelos longos e olhos extremamente verdes, veio até a nossa mesa. Até aí tudo bem. ATÉ AÍ, mas “a saga” continua. Até aí seria normal, se ela não fosse uma líder de torcida e não tivesse ido falar com o Niall após nos cumprimentar timidamente.
Alguém aí escutou a parte que ela é uma líder de torcida e que FOI FALAR COM O NIALL?!
Niall falou alguma coisa com ela que eu não pude ouvir e sorriu. Sorriu graciosamente, e ela retribuiu o “maldito” sorriso. Nesse momento estava tudo rodando na minha mente, absolutamente TUDO! Até estava vendo meu purê de batatas falando comigo.
–SAMANTHA! – Zooey berrou lá da mesa das “macacas” e como um cãozinho assustado Sam correu até lá.
–O que foi isso? – Harry perguntou, direcionando um sorriso malicioso para o irmão. – As líderes de torcida não odiavam a gente depois do que aconteceu? – Me esforcei para ouvir já que eu mal podia controlar o batuque de ritual de macumba que estava minha mente.
Niall sorriu sem graça, antes de responder:
–Eu só... Ela é diferente das outras, é legal. Eu estava conversando com ela no ônibus. Eu acho que ela é especial, Harry. Realmente especial.
Minhas vistas escureceram e... POFT.
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domingo, 21 de abril de 2013

Capítulo 12 Todo mundo odeia se apaixonar.



“Sabe por quê? Porque... EU QUERO MORREEEEER!”

Queria ter um daqueles aparelhinhos de comunicação muito usado em espionagem pra saber o que Niall está aprontando agora. Garota Alienada na escuta, câmbio. Ok, eu juro que parei de viajar.
Estou aqui, no meu quarto, sentada de frente pra o imenso espelho do closet; e quando não estou fazendo isso estou encostando a testa na porta da sacada pra tentar enxergar alguma coisa na casa dos Schultz. Ai, que aflição! Já estou começando a pensar que o Niall me enganou. É, não dá pra alguém ser tão bom assim, e além do mais, ele é irmão de Harry Schultz. Harry Schultz, esse mesmo, o garoto que roubou o meu tênis! Arregalei meus olhos ainda olhando para o espelho. É isso, eles estão me enganando mais ainda! Só-
–Emily! – Ouvi alguém me chamar. Só pode ser o Niall! Corri e abri a porta da minha sacada, dando de cara com um Niall ofegante debruçado sobre o parapeito da sacada dele. – Eu procurei em todo lugar. Acredite, todo lugar, e não consegui encontrar nada.
Broxei. Pois é, acho que Niall não é um traidor, mas isso não importa agora. Está tudo ferrado mesmo.
–Tudo bem, Niall. Obrigada...Err... Obrigada por ajudar. – Me rebaixei total agora, mas tudo bem, ele até merece.
Fiquei olhando para ele e ele olhando para mim. Acho que estou em transe, pois todos os movimentos dele parecem estar em câmera lenta. Acho que ele está falando alguma coisa, mas não importa. Tudo o que eu posso pensar agora é como esse garoto pode ser tão lindo. Observei ele passar uma de suas mãos pelo seu cabelo loiro enquanto sua boca ainda se movia, e...
–Niall, onde é que está- – Harry parou de falar assim que entrou no quarto e me viu, e eu parei de secar o irmão dele assim que esse “estraga prazeres” entrou no mesmo. Maldito Harry Schultz!
–Err... Falo com você depois, Niall. – Falei com o nariz empinado, e eu até tentei voltar para o meu quarto normalmente, mas pisei em um dos meus cadarços desamarrados e dei de cara com a outra metade da porta que ainda permanecia fechada.
Harry riu muito. Vai rindo mesmo... Enquanto você ainda pode!
Beleza. Eu preciso de um novo plano e tenho um grande problema, no qual me recuso a pensar. Bati a porta sem nem olhar pra trás.
_X_
O amor. Ah, o amor... O amor é uma flor roxa que nasce no coração de quem é trouxa. Como diria House: “Você não pode viver sem amor? Bem, o oxigênio ainda é mais importante.” Eu nunca creditei em amor, mas... Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos, quatro carneirinhos, cinco... Cinco horas da manhã e eu aqui sem conseguir dormir! Inferno! E pra completar, ao invés de estar pensando em um bom plano pra recuperar o meu tênis eu estou aqui, pesando no amor e no... Naquele garoto que tem um nome. Quem será, né?
Oiai. Suspirei de novo, me virando na cama pela milésima vez. Tenho que ir no treino das líderes de torcida amanhã. Espera aí. Hoje já é amanhã, isso quer dizer que... Ferrou! Eu preciso do meu tênis da sorte! Mas antes eu preciso dormir...
Fechei meus olhos e pus-me a pensar em doces. Impossível, esse “tic-tac” irritante do relógio dos Teletubbies é muito... Irritante! Me sentei na cama furiosamente, encarando o relógio. E acredite ou não, eu fiquei olhando para ele com meus olhos semicerrados até que o infeliz começou a tocar a música de abertura do programa infernal deles próprios, os Teletubbies! P****! Justo hoje que não precisava essa coisa desperta. Aliás, por que eu tenho um relógio dos Teletubbies? Ah, é porque eu achei bonito e comprei. NÃO! É por que eu ganhei da filha de um caroço de abacate da minha tia e minha mãe disse que se eu não cuidasse desse relógio ela iria me fazer rezar implorando pela minha vida debaixo de um outro relógio. Enfim, a falta de dormir danificou meu cérebro.
Desliguei o relógio e me joguei na cama. Eu vou só ficar aqui e... Morrer! É, morrer de vez! Minha vida é uma bosta misturada com farinha, roubaram meu tênis da sorte, eu tenho que fazer parte das líderes de torcida, e o que é mais doloroso: Eu tenho um relógio dos Teletubbies... Ok. Eu confesso. Isso não é o mais doloroso. O mais doloroso é saber que logo eu, uma descrente do amor, está apaixonada por um garoto que conheci não tem nem dois dias. Eu estou apaixonada pelo Niall!
As pessoas dizem que a vida é passageira, mas a minha está sendo como aula de Matemática: demorando pra acabar. Sabe por quê? Porque... EU QUERO MORREEEEER!
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------MWAHAHAHAHAHAHHA -
Agora cêis sabem por quem a Emy está apaixonada.
E agora, José? Agora é que a confusão com vez. Não percam o próximo capítulo de... Salve Jorge. .-.
Deixem comentários e me façam ter um ataque cardíaco de felicidade. :D Aí eu  morro rindo e pulando... Viu que feliz? *-* 
Música que tem pá hoje :d

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Capítulo 11: Todo mundo odeia planos maléficos.



“Só queria que você pudesse ouvir minha gargalhada maléfica que estou dando em pensamentos nesse momento.”

Sim, tudo o que aconteceu foi muito lindo. Harry me defendendo, eu tacando sopa na Zooey... É, foi mesmo muito lindo, mas amanhã será mais lindo ainda quando eu tiver que ir para o treino das líderes de torcida. Eu não posso morrer! Se eu morrer como eu vou matar o Harry? Depois do que fiz, acho bom mudar de nome e de país.
Não, eu não estou com medo da Zooey, apenas estou com medo do que ela pode fazer. Assim como eu não tenho medo da bola na Educação Física; eu tenho medo é dos monstros correndo com a bola.
Sorvetes, vacas voadoras, bolinhos falantes... Onde estou?
–EMILY! – Tem alguém me chamando e cutucando meu ombro, e dessa vez não é minha mãe. – Ah, foda-se, garota! – Identifiquei a voz de Harry e de repente tombei para o lado, caindo da cadeira e acordando de vez.
–Merda! Eu estava quase conseguindo dormir, garoto! – Olhei para Harry, que me olhava de pé. – Ah, de novo não. – Levei novamente uma das mãos à minha bundinha dolorida por já ter levado duas pancadas em um único dia. – O que foi, inferno?! – Gritei, voltando a realidade. Eu estava quase conseguindo dormir de tanto pensar no meu triste destino.
–Nada. – Ele respondeu sério, com uma cara de “sou mau, pega no meu... pé”, já saindo da sala de detenção e me deixando caída. Eu costumo ficar mais idiota quando estou quase dormindo e sou acordada. E onde está minha inocência, meu Deus?
Olhei ao meu redor e não havia ninguém. De repente me bateu um medo. Vai que a loira do banheiro, mais conhecida como Zooey, resolve aparecer? Ainda bem que esse estrupício me acordou. Me lembre de nunca agradecer.
Peguei minha mochila e saí correndo. Passei por Harry no corredor escuro, enquanto tentava correr e não tropeçar nos meus próprios pés. Assim que me vi livre da escola quase beijei a rua de tanta felicidade.
Até pensei em mudar o caminho que eu costumo usar pra ir pra casa com medo de me encontrar com Harry, mas como eu não sei por onde ele vai eu fiz o mesmo caminho de sempre, o que incluía passar em frente a uma loja de doces.
Fiquei babando que nem cachorro em frente àquelas máquinas de carne girando. Me deu vontade de comer algo com muito açúcar, mas como a vida é injusta eu não tenho dinheiro. Procurei até dentro no ninho de rato que é meu cabelo tentando encontrar alguma moedinha que fosse e nada. Estava quase desistindo quando olhei pela vitrine de vidro de novo e vi alguém conhecido lá dentro. Superman? É, faz tempo que eu não vejo ele, mas não era não.
–Niall? – Sussurrei pra mim mesma. Ai, que felicidade. Mentira. Eu não posso ficar feliz por isso. Não posso. Mas...
Sem nem pensar abri a porta que fez um sininho irritante tocar. Sim, era o Niall mesmo. Como poderia não ser?
Caminhei saltitante até ele. Ok. Agora eu passei de cachorro babão para gatinho manhoso. Tudo bem, isso foi estranho. Concordo.
Fiquei olhando para ele com cara de sem noção, ou seja, com a minha cara mesmo. Ele não chegava a ser meu “inimigo” propriamente dito, mas nessas horas onde se pode ganhar um doce de graça, não tem problema se render um pouquinho.
Ele finalmente se voltou para mim e eu sorri mais ainda.
–Niall? Nossa, você por aqui? Então, né? Eu acabei de entrar pra comprar um doce e de repente... É você mesmo? – Sim, eu sou uma ótima atriz.
–É, eu acho que sou eu. – Ele falou confuso.
–Estranha. – O cara que estava atendendo Niall murmurou atrás do balcão. – Espera aí. Você não é aquela garota que tentou sair sem pagar?
–Não, você está me confundindo. – Viu? Deveria concorrer ao Oscar de melhor atriz.
–Não, não. Eu tenho certeza. Era você mesmo. – O tiozinho insistiu.
–Foi há muito tempo atrás, ok? – Me rendi. Niall estava mais perdido do que camaleão em frente a arco-íris e nem sabia pra quem olhar.
–Foi semana passada! – O cara voltou a dizer, mas uma garota que também trabalha aqui - cuja qual eu ameacei com um palito de pau utilizado pra colocar os morangos espetados quando ela tentou me roubar me cobrando muito mais do que eu devia - puxou-o para longe de mim.
–É, oi, Emily. – Niall sussurrou, assustado. Não o culpo, de vez em sempre eu sou assustadora. – Quer um doce?
–Pensei que você nunca fosse perguntar! – Exclamei, feliz.
_X_
–Então você está me dizendo que Harry é um mentiroso? – Perguntei para Niall, enquanto comia um algodão doce e nós voltávamos pra casa.
–Não. Eu sou suspeito pra falar, mas o Harry é legal, só não foi com a sua cara. E estou só dizendo que ele mentiu pra você quando disse que tinha gostado de se sentar na mesa da Zooey, mas isso você já sabia. Acho que ele não te odeia, só pegou seu all star porque, segundo ele, era necessário, já que você quebrou a nossa porta. Você tem idéia do que tivemos que inventar pra nossa mãe quando ela viu o estrago que você fez? – Niall falava e tentava comer as balinhas que ele tinha comprado ao mesmo tempo.
–Sinto muito. – Falei com a boca cheia de chocolate; o algodão doce já era. No fundo, no fundo, bem no fundo, pra ninguém ouvir, tinha me batido um arrependimento por causa do Niall. – Era só pra acertar o Harry, não pra complicar pra você. Você tem sido legal, apesar de ter ajudado a roubar meu tênis.
Ele sorriu, olhando para mim.
–Eu não ajudei, eu só contei pro Harry. Pra falar a verdade, eu nem sei onde seu tênis está.
Opa. Espera um pouquinho aí. Tive uma pequena e brilhante – como as roupas da minha mãe, ou até mais – idéia.
–Niall, sabe... Você tem sido legal, coisa e tal. E como eu já quase fali você na loja de doces, você poderia ser um pouco mais legal agora...
–O quê? – Ele arqueou uma sobrancelha. Ok, nem eu entendi o que disse.
–Quer me ajudar? – Perguntei, toda esperançosa.
–Ajudar no quê?
–Olha, eu até tinha pensado em pedir sua ajuda pra matar o Harry, mas acho que você não achará uma boa coisa. Então... Quer me ajudar a pegar meu tênis de volta? – Estou usando meus “olhinhos brilhantes”. Isso sempre funciona.
Silêncio. Ele ajeitou a mochila no ombro, pensativo.
–Eu pensei que vocês sabiam tudo um do outro, e se você soubesse onde meu tênis está seria até mais fácil, mas... Você é a única esperança, cara. – Fiz drama, como de costume.
–Eu ajudo. – Ele disse, todo sorridente.
–Então, o mundo seria um lugar melhor e- O quê?! – Eu continuava a falar, pra tentar convencê-lo, mas então percebi o que ele tinha acabado de dizer. Uni as sobrancelhas, logo depois fazendo uma cara “investigativa”. – Ok. Pode falar. O que você quer em troca?
–Nada. – Ele simplesmente respondeu.
–Espera. Você disse que me ajuda e nem vai pedir nada em troca? De que planeta você veio? – Estranho, muito estranho.
Mordi mais uma vez a minha barra de chocolate. Minha cara de incredulidade deve estar muito marcante agora. Ele apenas riu divertido.
Fiquei observando como ele ria com uma cara fofa enquanto caminhávamos pela rua vazia; fiquei observando como tudo nele é perfeito...
–Cara, eu acho que te a- - Engasguei. Merda. Engasguei com o chocolate.
–Emily?! – Niall me chamava, dando tapas nas minhas costas, enquanto eu tossia feito uma condenada. Devo estar parecendo um cachorro louco, se é que cachorros loucos tossem. Meu olhos se encheram de lágrimas. Estou morrendo, é o fim da minha jornada. – Emily?
–E-Eu tô bem. – Falei, já me recuperando, enquanto secava meus olhos. Finalmente desengasguei. – Acho que o chocolate derreteu e aí passou. Eu tô bem. Eu tô bem. – Eu fazia gestos desconexos com as mãos, tentando raciocinar.
Fiquei olhando para ele, que me olhava preocupado.
–O que diabos eu estava fazendo? – Perguntei mais pra mim mesma.
–Não sei, não. Você só estava falando e de repen-
–Você não ouviu o que eu disse, ouviu? – Pai amado, eu imploro, tenha piedade de mim e não deixe que ele tenha ouvido.
–Não. Mas você está bem mesmo, não é? – Obrigada, Senhor.
–Estou muito bem. – Respondi, enquanto voltávamos a andar. – Tão bem que até já tenho o plano perfeito: Quando Harry chegar em casa, você me chama que eu fico distraindo ele enquanto você procura meu tênis... Ou você pode procurar a qualquer momento. Você é mesmo um bom aliado!
–É. – Ele concordou, confuso. – Vou ver o que posso fazer enquanto ele não chega. Te chamo à noite.
–É! Pode me chamar! – Exclamei com animação. Opa. – Er... Que dizer... Ok. Faça isso. – Tentei passar indiferença.
Isso! Maravilha! Até o seu irmão está contra você, Thomas Harry Schultz! Eu vou ter meu tênis de volta. Só queria que você pudesse ouvir minha gargalhada maléfica que estou dando em pensamentos nesse momento.
E o que eu estava falando para o Niall mesmo? Ah, esqueci. Sim, eu sou muito boa em enganar até a minha própria consciência.
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Hey! Se você chegou até aqui é porque já leu o capítulo, não é? Fico muito feliz, e vou ficar ainda mais feliz se você deixar um comentário!
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Se quiserem eu tenho uma sugestão de música pro cês :D